the only thing I can't possibly accept from people is cruelty


quando li o livro "o senhor das moscas" do inglês willian golding, há uns dois anos, pude ter uma idéia de como o ser humano pode ser ruthless. algum tempo depois, ao ler "o jovem törless"do alemão robert musil eu então tive certeza que a nossa raça é cruel.


o primeiro livro conta a história de um grupo de crianças, com idade média entre onze e treze anos, que são obrigadas a aprenderem a viver em uma olha perdida depois de serem as únicas sobreviventes de uma queda de avião. à princípio, enfrentam o impacto emocional de verem mortos os corpos daqueles que seguiam viagem com elas; depois se deparam com a ausência de um consolo paternal e em seguida sentem falta da própria proteção oferecida pelos adultos, pelos mais velhos, o que os deixa em desespero total. contudo, como pensantes e subordinados ao instinto de sobreviência, eles percebem que precisam lutar pela sobrevivência; inicialmente constroem um único grupo ''social'' através de uma espécie de pacto à la rousseau: as crianças se organizam para caçarem comida, manterem a ordem, preservarem a união, cooperação, fraternização, solidariedade, cumplicidade, ''sociedade'', enfim, todos esses princípios éticos e humanos que se espera do hominum erectus - ainda mais quando se trata de crianças, seres conhecidos pela sua ''inocência''. aqui, três forças são colocadas à prova: a liberdade, o poder e a idéia. mas, pra variar, como eu suspeitava, e como golding tão bem extraiu da previsível essência humana, esse grupo se desintegra, os mais fortes dominam os mais fracos, e finalmente caçam uns aos outros. típico de animais sociais.

quanto ao segundo livro, cuja história é ambientada em uma internato para garotos de filiação aristocrata, o jovem törless e mais dois amigos vilentam um outro, basini.
the boys attack Basini almost every night, yanking him out of bed and pushing him up the stairs to the attic. No teacher will hear his screams there. They force him to undress, then whip his back. Naked and defenseless, the boy cowers while his tormentors force him to cry, "I'm a beast!" During the day other students surround him in the school yard and shove him around until he collapses, bloodied and soiled. e então o jovem törless que se perdia durante horas gofando entre o consciente, comete crueldades, e parece sentir desejo, prazer nisso.

embora as duas histórias não sejam baseadas em fatos reais, nós lemos casos similares nos jornais todos os dias. vamos além, convivemos com a crueldade humana dentro de nossa própria casa, vizinhança, cidade, país, continente. mas e o que eu, que não suporto a crueldade, faço para preveni-la contra mim mesma, ou para privá-la ao próximo? nada. eu não me movo, se não em comoção. não semeio paz ou amor, senão evitar ao máximo jogar lixo no chão.



1 comment:

  1. Sentimentos compartilhados com Dostoievski...
    "Quanto mais gosto da humanidade em geral, menos aprecio as pessoas em particular, como indivíduos."

    O caminho de fuga inspirado por Nietzsche...
    "Temos a Arte para que a Verdade não nos destrua."

    O apelo de Chaplin...
    "Pensamos demasiadamente
    Sentimos muito pouco
    Necessitamos mais de humildade
    Que de máquinas.
    Mais de bondade e ternura
    Que de inteligência.
    Sem isso,
    A vida se tornará violenta e
    Tudo se perderá."


    E, no fim, a Fé!
    Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror.

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