Uma livraria (possivelmente nos Estados Unidos) está promovendo um "encontro às cegas com um livro" (“Blind Date with a Book”) entre seus leitores.
Em uma das seções da loja, os livros estão encapados com vários desenhos e algumas palavras que descrevem vagamente o assunto da história, por exemplo, "drama", "reviravoltas na história", "espionagem" etc. Tudo que você precisa fazer é escolher um tema de sua preferência, livre da influência causada pelo resumo da história ou nome do seu autor favorito, para se surpreender com os benefícios que uma escolha relativamente aleatória podem trazer, como apaixonar-se por um autor até então desconhecido pelo simples fato de nunca terem sido "apresentados" por um amigo em comum ou recomendações da Amazon. Se isso acontecer, o "encontro às cegas" terá cumprido seu propósito.
Esta iniciativa pode se revelar uma roleta-russa do bem, pois estimula que saiamos um pouco da nossa zona de conforto literária, isto é, damo-nos a chance de arriscarmos títulos que provavelmente nunca leríamos caso fosse possível julgá-los pela capa. É claro que pode acontecer de se deparar com uma história bem chata, mas pelo menos você se permitiu descobrir algo diferente. Por isso, a positividade da ideia.
E falando em tentar o novo, esta campanha me lembra a de uma lançada por uma livraria argentina (veja aqui) sobre "os livros que não podem esperar" para estimular a leitura de novos autores criando um tipo de livro cuja tinta começa desaparecer dois meses depois de aberto. Isso porque os livros comuns podem, se nenhuma traça aparecer pelo caminho, durar séculos sem serem lidos, mas novos autores não. Se seu primeiro livro não obtiver público esperado pela editora, ele dificilmente terá chance de lançar outro.
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